sexta-feira, 24 de julho de 2009

Clube de artes da unesco

http://ideias-soltas.net/2008/12/09/educacao-artistica-o-clube-da-unesco/

Acaba de ser criado um novo clube, o “Clube UNESCO de Educação Artística”, presidido por Ana Pereira Caldas, segundo noticia o DN. É bem-vindo e bem preciso, por isso saudamos a iniciativa.

A criação deste clube visa a constituição de um espaço permanente de discussão e afirmação sobre a relevância da área da educação artística em Portugal -matéria explorada há muito entre nós-, bem como da necessidade de promover a difusão dos seus modelos e práticas.
Para isso, constituiu um núcleo de consultores, em várias vertentes, integrado pelos nomes de André Dourado, Eugénia Vasques, Gabriela Canavilhas, João Mota, Jorge Salavisa, Jorge Vaz de Carvalho, José Manuel dos Santos, José Sasportes, Luís Serpa, Mark Deputter, Olga Roriz, Pedro Aparício, Pedro Strecht, Susana Toscano, Tiago Bartolomeu Costa, Teresa André e Wanda Ribeiro da Silva.

Ora, sob a égide da EDP da UNESCO, isto irá dar que falar e muita boa gente, ao que parece, aderiu muito prontamente a tão bem escudada iniciativa. Aliás, em email já a circular com uma circular, podemos ler que o clube pretenderá atender a tudo, mas tudo quanto bula em relação à educação artística. Veja-se:

O Clube UNESCO reúne entidades de natureza diversa, tornando- -se, assim, num interlocutor disponível para todos os que sobre ela agirem a nível institucional e particular.
(…)
O Clube UNESCO procurará colaborar com várias instituições locais, regionais ou internacionais nas acções ligadas com os objectivos da Unesco, em particular com a Comissão Nacional da UNESCO (…)

Da constituição deste clube deveremos esperar a organização de eventos artísticos com a participação de artistas e, quiçá, florescer uma frutífera mobilidade dos artistas através da UNESCO. Ou não…, espera.., deixa continuar a ler:

São seus propósitos, entre outros, a promoção do exercício de uma cidadania mais consciente e participativa em torno das questões ligadas à educação artística, bem como o desenvolvimento de seminários, reuniões, debates e exposições neste domínio das artes.

Ah, pois, parece que ele será mais artes performativas de colóquios, seminários, debates. Pronto, mas que diacho, não haverá arte nem artistas, mas podemos falar dela e deles em nome da UNESCO. Já não é mau, falar da coisa já é um grande incentivo e dá trabalho a muita gente. A artistas, não sei, mas a muita gente, ai isso acredito!
Pena foi não ter estado já em actividade, nem durante a discussão do Relatório de Avaliação do Ensino Artístitico, nem quando se elaborou, subscreveu e entregaram petições em sua defesa, nem aquando da destruição do modelo do ensino artístico especializado, em sumaríssima e estival Portaria, por parte deste Ministério da Educação, nomeadamente pelo seu Secretário de Estado Valter Lemos.
Não é coisa de monta, agora que é passado, porque tudo o que em prol de uma educação artística, exigente e séria, que ajude a ensinar as crianças, jovens e adultos possa ser feito, será muito bem-vindo.

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